segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

CONGRESSO DO AMOR

Dizem que um dia em qualquer lugar da terra, aconteceu um Congresso para definir o AMOR. Para ele, foram convidados vários especialistas e estudiosos para que assim, a humanidade tivesse de forma clara a definição da palavra AMOR.
Só podiam entrar no recinto os convidados, e sem direito a acompanhante.
Então começou o Congresso, e só para o encaminhamento das definições foram dois meses. A reunião se transcorria por alguns anos e nada de chegarem a uma definição da palavra AMOR.
Todos já estavam cansados e sem resultado satisfatório, ninguém chegava se quer em concordar com o outro.
Várias definições foram expostas, tais como: “O AMOR é um sentimento profundo” ou “o maior de todos os sentimentos”. Os fanáticos religiosos chegaram a dizer que “o AMOR verdadeiro só o de Deus” e até virou discussão entre os céticos que julgavam ser ofensa ao tema em pauta.
Os poucos criativos, sempre querendo fazer adendo às idéias dos outros, porém nada de concreto. Foram citados de Willian Shakespeare a Dias Gomes. Don Casmurro de Machado de Assis foi tema de discordância, quando alguém perguntou: “seria AMOR o que Bentinho sentia por Capitú?”
Depois de vários longos anos chegaram a uma conclusão que teriam de finalizar o congresso no dia seguinte, mesmo sem definição nenhuma que houvesse concordância, e assim fizeram.
Ao cair da tarde, quando o relator concluía seus trabalhos, o rapaz que servia água e sucos durante as reuniões entrou na sala pela última vez com a travessa trazendo alguns copos d’água, quando alguém, em tom de brincadeira, bradou: se todos que estão nessa sala têm direito de opinar porque não o garçom? O dirigente da reunião disse: é pertinente; o senhor poderia dar sua opinião sobre o que significa o AMOR.
O rapaz vermelhou na hora e disse: “eu não sou estudioso, tenho vergonha em opinar, vou dizer besteira”, porém os sábios e estudiosos do AMOR insistiram tanto que depois de alguns minutos, cabisbaixo ele falou: ”para mim o AMOR, é um troço que vem não sei de onde, que aperta o coração da gente pra fazer não sei o quê.”
Só se ouviu um grande aplauso e todos concordaram.











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